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  • Foto do escritorNélia Duarte

Esta convulsão a que se dá o nome de pintura

A imagem.  Grande parte do refinamento (senão todo) do meu gosto pela imagem foi adquirido pela fotografia e o enquadramento e cor são itens (para mim) essenciais a uma boa imagem. Foi esse gosto, suponho, que transportei para a pintura, o estudo e a divisão de espaço, os planos. Foi (penso) com a literatura (que consumo desde criança), que me completei de personagens, o que me faz apropriar plenamente da frase de Pablo Picasso “pinto o que imagino e não o que vejo”. 

O meu processo de pintura é sempre muito apaixonado, compulsivo, visceral.  Regra geral pinto um trabalho de forma ininterrupta, sem sentir fome, sede ou cansaço. Sujo, sujo e misturo cores no pincel e na tela porque a paragem é-me difícil. 

Quando assim não é, vivo a fase do gosto e do desagrado de uma forma alternada, muitas vezes relativamente à cor que é algo em que raramente penso quando estou a pintar. Por vezes acaba bem, mas é muito raro, e é frequente voltar a pintar algo por cima dessa pintura; como eu costumo dizer: são telas pintadas que reciclo para tentar sempre a Obra de arte.


eu, a misturar tinta, com os olhos pintados de Pessoa a mirar-me lá do alto - tela inacabada em cima da estante
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