Nélia Duarte

24 de dez de 2018

Dei forma a uma sequência da série cidades invisíveis

Atualizado: 10 de nov de 2020

Não tinha ainda fechado a série “cidades invisíveis”, mas não tinha previsto que hoje pudesse sair um trabalho que lhe desse continuidade. 

Uma mancha branca com uma forma rectangular foi o suficiente para, sem insistência na observação, fazer nascer uma casa na cidade de Zemrude, logo à entrada.

2018 - óleo s/ tela - galeria "tinta fresca"

"É o humor de quem a olha que dá à cidade de Zemrude a sua forma. Se passarmos por ela a assobiar, de nariz no ar atrás do assobio, conhê-la-emos de baixo para cima: sacadas, tendas a ondular, repuxos.  Se caminharmos através dela de queixo contra o peito, com as unhas espetadas nas palmas das mãos, os nossos olhares prender-se-ão ao chão, aos regos de água, aos esgotos, às tripas de peixe, ao pepel velho. "

Italo Calvino em Cidades Invisíveis -"As cidades e os olhos"

24, dez, 2018
 

 
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