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  • Foto do escritorNélia Duarte

Modigliani, um homem bonito

Amedeu Clemente Modigliani nasce toscano em 1884 numa família de judeus sefarditas e morre em terrível agonia de doença agravada por drogas e álcool em 1920 num hospital em Paris. Modigliani, à margem da vanguarda, demonstrou, em 1915, que era possível ser artista moderno sem pertencer a nenhum movimento.


Sem renegar as referências ancoradas na tradição e mantendo-se no âmbito do figurativo, a expressão de Modigliani não deixa de ser moderna: pelo aporte diversificado da influência do cromatismo revolucionário dos fauves; pelo processo de abstração onde capta o essencial do motivo guiando-se pela sua subjectividade.

Esta situação entre o passado e o futuro confere à obra de Modigliani uma qualidade atemporal que irá impedir o seu êxito numa época em que o novo começava a ser um valor em si próprio, mas que acabará por ter sucesso posterior.


Notado por um difuso elitismo, Modigliani centrava os seus ódios na burguesia e, sensível à desgraça humana, anotou num desenho: "a vida é uma prenda: dos poucos aos muitos; dos que sabem e têm aos que não sabem nem têm". Um agradecimento especial ao Prof. N. Pereira que um dia numa conversa informal me apresentou este Amadeu; julgo que ele percebeu primeiro do que eu como eu já gostava de Modigliani sem nada conhecer do seu trabalho.



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