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  • Nélia Duarte
    • 8 de fev.
    • 2 min para ler

Lagos, a última estação - continuação

Quis o acaso e a sorte que às mãos me viesse parar um catálogo de uma exposição patente no Centro Cultural de Lagos que reuniu obras de Bravo, Cutileiro, Lapa e Paolo, no verão de 2005. Um catálogo muito bonito com design gráfico de Jorge Rocha, capa negra e registo do número 60 a branco. Catálogo este que me chega às mãos quatro meses após o meu último post [Lagos, a última estação]e que está inteiramente relacionado com o que aí escrevi. "Um lugar além" titulo do texto de João Pinharanda que é um belo elogio a Lagos, assim como o é o poema de Sophia que abre o catálogo: "Lagos onde reinventei o mundo num verão ido / Lagos onde encontrei / Uma nova forma do visível sem memória / Clara como a cal concreta como a cal / Lagos onde aprendi a viver rente / Ao instante mais nítido e recente / Lagos que digo como passado agora / Como verão ido absurdamente ausente / Quase estranho a mim e nunca tido / (…)" Neste mesmo catálogo há um texto de José Manuel Miranda Justo (para o catálogo da exposição do Joaquim Bravo, em Setúbal, na Casa do Bocage, Outono de 1982) que acaba magistralmente desta forma: "Como se apenas se dissesse que de um real que não se suporta a única coisa a fazer é construí-lo". Justo, o meu professor de inglês e de Introdução à Política que nunca mais vi, mas que saberei sempre, reconhecidamente, ter contribuído, pelo que me ensinou, para a pessoa/cidadã que hoje sou. Tenho vindo, aos poucos, a descobrir o trabalho do Álvaro Lapa e cada vez mais gosto muito do que dele vou vendo. Do catálogo a imagem de 4 peças suas, datadas de 1968, sem título.


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  • Nélia Duarte
    • 27 de mar. de 2021
    • 1 min para ler

progressos

Picasso dizia que cada pincelada é um trabalho de precisão. E apesar da sua brilhante habilidade não deixou de lutar durante décadas para renovar constantemente essa precisão.


Há mais ou menos oito anos quando comprei pastel de óleo(que eu nunca usara) lembro-me de ter visto, com consecutivos avanços no play, uma meia dúzia de vídeos no youtube. Aborreci-me rapidamente dos vídeos e virei-me para a experimentação. E embora não tenha progredido muito com o pastel, ainda o uso para desenhar; gosto particularmente dos resultados de cor.


Quando comecei a usar o pincel e óleo simplesmente comecei. As pesquisas que fiz foram sobretudo em publicações escritas sobre o comportamento da tinta e aditivos. Fui percebendo conforme fui pintando, mudando de pincéis, mais suaves, mais ásperos, mais largos, tinta mais diluída, mais espessa, espátula, etc..


Nestes anos de trabalho experimental (e esporádico) fiz uma progressão que julgo expectável dada a minha natural curiosidade e persistência. A figuração humana sempre foi o meu impulso e sobre isso não há (pelo menos por agora) nada a dizer.


Este é o meu último trabalho.


"Disseram-me um dia Rita põe-te em guarda |aviso-te, a vida é dura põe-te em guarda |cerra os dois punhos e andou põe-te em guarda |eu disse adeus à desdita |e lancei mãos à aventura |e ainda aqui está quem falou"

[Balada da Rita, Sérgio Godinho]


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  • Nélia Duarte
    • 15 de mar. de 2021
    • 1 min para ler

da série I see people everywhere

Muito tempo sem pintar apesar de a meu favor ter o tempo, que muitas vezes me falta. O anúncio de um concurso de pintura de pequeno formato que encontrei por acaso levou-me a virar-me para uma tela muito pequena que havia cá por casa com o pensamento de que poderia pintar qualquer coisa para a eventualidade de vir a concorrer. Está aceitável sem estar tchan-nan.

Depois de pintada essa tela pequena, e porque tinha sobras de tinta, dei início a outro trabalho usando a mesma paleta de cores: branco, vermelho, azul, verde, amarelo; e os pincéis de cerdas ralas e muito rijas, que têm sido os meus preferidos dos últimos tempos. Pintei sem hesitações um retrato que me fez sentir muito bem comigo mesma.

Depois desse comecei outro, usando a mesma paleta de cores. E foi, como já havia muito tempo não me acontecia, um trabalho muito sofrido, que levou tempo e foi raspado aqui e ali algumas vezes. A tenacidade de que sou feita não me deixou largar, mas não sei se resiste. Na imagem, pela mesma ordem da leitura, o primeiro e o último. Nos ouvidos a voz de Neil Young tranquiliza-me: I've got my friends in the world | I had my friends | When we were boys and girls | And the secrets came unfurled | City of brotherly love




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